segunda-feira, 22 de novembro de 2010

QUEM SOU COMO PROFESSOR E APRENDIZ?

Como professor e aprendiz, posso me considerar uma pessoa que se atualiza a cada dia, pois não somos conhecedores da verdade e sempre aprendemos algo com os nossos alunos.
Na minha atuação como professor de sala de aula e informática, procuro desenvolver metodologias que despertem o interesse dos alunos em busca do novo. Como sabemos que a leitura é um ponto de partida para viajar no mundo da imaginação, busco inserir os meus alunos em um vôo mais alto e fantástico através do estudo, proporcionado pela leitura.
Minhas práticas em sala de aula buscam despertar o interesse dos alunos de forma alegre para que os mesmos tenham o hábito de ler e escrever. Cada vez mais procurando inteirar com os assuntos de inovações de nossos cotidianos, falamos sobre os assuntos abordados, fazemos questionamentos e contextualizamos com sua realidade.
Quando os alunos me abordam com questionamento procuro resolve-lo da melhor forma possível, quando isto faço, os meus alunos me encham de perguntas por curiosidades, onde desta forma procuro prepará-los as novas informações que encontram na cultura fazendo uma representação.
Sempre estou fazendo mudanças na maneira de ensinar conforme vou aprendendo com os meus colegas e com os alunos porque sempre tem algo importante para ser acrescentado ou mudado na minha maneira de ensinar.
Temos que caminhar no conhecimento enquanto temos oportunidade e encontramos alguns alunos que desejam aprender de fato, isto nos leva a raciocinar o que a educação, tem de melhor para oferecermos aos nossos alunos. Com a evolução da tecnologia temos que procurar alcançar o melhor desta ciência que nos envolve como professor e aprendiz.
Professor brasileiro que sou, ganho mau, e tudo que decorre desse triste e impertinente fato também anda mal. Como alguns colegas, vez por outra também me sinto como um daqueles antigos pedagogos da Grécia antiga (um escravo) mas, quando acordo no dia seguinte vou trabalhar (Ops! – Servir).
Como é exigido de nós, fui tio de dezenas de crianças das quais não tenho parentesco (e isso, quase sempre é bom), sou psicólogo quando tenho que entender os meandros dos comportamentos dos alunos que cada dia se comportam de formas mais imprevisíveis, sigo sendo ator, apresentador, facilitador, assistente social e às vezes (graças a Deus, porque só Deus na causa) até palhaço, já que além de ensinar tenho que entreter, fascinar, demonstrar, apresentar e divertir.
Naquela época da faculdade nunca, digo nunca mesmo, manuseei um mimeografo (faz tempos que não vejo um), um projetor de slides (daqueles que colocamos as fotos quadradinhas e faz um barulho estranho entre uma foto e outra), retroprojetor (só em ocasiões especiais quando no auditório algum professor fosse fazer uma palestra, data-show (tinha um na delegacia de ensino), som (usava a boca), computador (geralmente ficava na sala do diretor e nem ele sabia usar, mas era legal dizer que na minha faculdade tinha um), notebook (era do preço de quatro computadores, três vezes mais pesado e maior que os de hoje).
De lá pra cá, conheci várias realidades em diversas escolas da região noroeste de Goiânia, na rede pública estadual e municipal de ensino, aprendi a usar todos os equipamentos citados acima, e é engrado perceber que aqueles mesmos colegas que me olharam torto por está com um notebook em mãos e dando aulas com o data-show hoje tiveram que se render ao uso dessas máquinas.
O triste é constatar que mesmo tendo que aprender e usando essas tecnologias das quais tive que comprar (e continua ganhando tão mau quanto antes) e que o nosso cotidiano nos aponta para o uso das tecnologias, ainda existem pessoas que fazem o caminho inverso protelando, minando, tramando, boicotando, sancionando o uso educacionalmente (se é que existe essa palavra) racional de tais ferramentas.
De concreto, subsiste o fato de que mesmo a passos lentos tentamos adotar uma postura um tanto quanto positiva no concernente a racionalizar possibilidades de aprendizagem vinculadas ao uso de ferramentas das tecnologias da comunicação para além do uso da tríade voz, giz e lousa.
Como tento demonstrar acredito que sou desses professores que, apesar dos problemas que permeiam o que significa ser professor de ensino fundamental e médio da rede pública no Brasil, ainda assim, tenta encontrar forças para poder estudar e não andar em descompasso com a realidade em que nos rodeia.

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